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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

o meu amor sobe até lá em cima, pula contra o céu da minha boca, tenta se atirar pra frente, num êxtase que só se sente quando se nasce, das muitas vezes que se nasce...e não consegue.
tenho uma boca cheia de dentes cruéis, feitos pra morder a carne dele e a minha própria língua, e a minha própria ânsia.

há tempos desisti de tentar parar de resistir. meu medo me toma e me cansa e me vence. lutei contra tanta merda, e sou vencida por qualquer coisa dentro de mim. meu medo me lembra de quando ele for embora, de quem serei eu até lá, e de quem deixarei de ser a partir de lá. sinto náuseas, tudo gira, o mundo vem se aproximando inteiro, pulsando, me apertando pelos lados...dói tanto o fim que ainda não veio, dói tanto esperar por ele enquanto arrumo a mesa com a toalha xadrez.que chá preferirá minha dor e o adeus? devo oferecer biscoitos, que acabarei comendo sozinha enquanto tranco e decepo inclusive meu desespero de estar só?

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