eu queria fazer de ti o meu pornô. queria chegar agora, no teu apartamento que ainda tem o cheiro dela, abrir minha calça como quem abre a caixa de suco...queria que tocasse aquela música, a da madonna, a que não fala das tuas mãos, mas que só me lembra delas. queria terminar o que me faltou coragem de te deixar começar.
seus olhos abertos, um meio sorriso nos lábios. quando o homem vai mostrar que sente medo? ela ter ido embora não faz mais diferença, só importa que minha calça não fosse tão justa, e que tu queria ter outra dúzia de mãos. teu espanto quando baixo meus braços e te ajudo: acho que sempre foi claro que eu nunca estive aqui pra complicar. eu sou a tua mulher fácil, eu já disse isso em todos os meus silêncios, em todos os meus textos. subo, me encaixo. um súbito pensamento de que nasci da tua costela...é quando meus olhos fogem dos teus. tirei o sentimento da mochila, pra dar espaço pra camisinha.
acordo horas depois, tenho o céu inteiro na pupila. no fundo do abismo escuro, enxergo mais claro que nunca. sou finalmente desvendada, não carrego mais o peso de um segredo, de um mistério. não há nada que você não conheça em mim.
e me quer de novo, mesmo assim.
companheiros
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o mistério é a origem do que importa.
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