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veja!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

o meu amor sobe até lá em cima, pula contra o céu da minha boca, tenta se atirar pra frente, num êxtase que só se sente quando se nasce, das muitas vezes que se nasce...e não consegue.
tenho uma boca cheia de dentes cruéis, feitos pra morder a carne dele e a minha própria língua, e a minha própria ânsia.

há tempos desisti de tentar parar de resistir. meu medo me toma e me cansa e me vence. lutei contra tanta merda, e sou vencida por qualquer coisa dentro de mim. meu medo me lembra de quando ele for embora, de quem serei eu até lá, e de quem deixarei de ser a partir de lá. sinto náuseas, tudo gira, o mundo vem se aproximando inteiro, pulsando, me apertando pelos lados...dói tanto o fim que ainda não veio, dói tanto esperar por ele enquanto arrumo a mesa com a toalha xadrez.que chá preferirá minha dor e o adeus? devo oferecer biscoitos, que acabarei comendo sozinha enquanto tranco e decepo inclusive meu desespero de estar só?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

eu queria fazer de ti o meu pornô. queria chegar agora, no teu apartamento que ainda tem o cheiro dela, abrir minha calça como quem abre a caixa de suco...queria que tocasse aquela música, a da madonna, a que não fala das tuas mãos, mas que só me lembra delas. queria terminar o que me faltou coragem de te deixar começar.

seus olhos abertos, um meio sorriso nos lábios. quando o homem vai mostrar que sente medo? ela ter ido embora não faz mais diferença, só importa que minha calça não fosse tão justa, e que tu queria ter outra dúzia de mãos. teu espanto quando baixo meus braços e te ajudo: acho que sempre foi claro que eu nunca estive aqui pra complicar. eu sou a tua mulher fácil, eu já disse isso em todos os meus silêncios, em todos os meus textos. subo, me encaixo. um súbito pensamento de que nasci da tua costela...é quando meus olhos fogem dos teus. tirei o sentimento da mochila, pra dar espaço pra camisinha.

acordo horas depois, tenho o céu inteiro na pupila. no fundo do abismo escuro, enxergo mais claro que nunca. sou finalmente desvendada, não carrego mais o peso de um segredo, de um mistério. não há nada que você não conheça em mim.

e me quer de novo, mesmo assim.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

é uma questão de relógio.tu sequer começou a pensar em amar alguém.eu esgotei de ser amor.

correr contra o tempo vai cansar. e na hora certa.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

semelhanças

queimando um secador de cabelo secando uma colcha, comendo tão pouco que a fome passou e o corpo entrou em estado de pré-hibernação, dando rés no meio da rua, visitando a lagoa de noite ("que lindo esse buraco negro no meio das luzes").
e a pizza?! gosh, eu deixei a pizza em cima da mesa e a porta da varanda aberta.
certeza que qdo eu voltar pra floripa já vai ter toda uma família de urubus habitando meu apartamento.
e well, vc nunca imaginou q meu apartamento fosse tão decorado né? haiuhuhuhaiuahuia
adorei ver você cantando no angeloni.
adorei ver você negando veementemente o prato em favor da mussarela.
adorei ver você fazendo cara feia por eu não te chamar por tu.
adorei ver você traduzindo pra mim cem anos de solidão, segurando-se pra não chorar.
adorei ver você.
adorei.



(não é meu, mas o amor não é de ninguém, no fim das contas. e é de todo mundo.)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

do que mais me lembro de 2008

paula - 13 dias pro xôl says:sabe qual é a ironia?
paula - 13 dias pro xôl says:nós detestávamos teresa
paula - 13 dias pro xôl says:só que...agora que não tem mais teresa
paula - 13 dias pro xôl says:a gente se perde
paula - 13 dias pro xôl says:porque acostumamos a viver com ela.
paula - 13 dias pro xôl says:e não sabemos viver SEM TERESA
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:não isso não é verdade
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:eh q a gente se acomodou com teresa
Beck - BBeck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:tipo
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:como uma mãe que limpa tua roupa e faz tua comida
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:qdo ela vai pra praia
paula - 13 dias pro xôl says:HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:e a gente quer ficar em casa pq odeia Arroio do Sal e quer putiar em porto alegre
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:sabe?
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:dae a gente se foda
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:ops
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:fode*
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:mas a gente vive sem ela
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:tem q fazer miojo
paula - 13 dias pro xôl says:\o/paula - 13 dias pro xôl says:mwwuhahahahahahahahahaha
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:tem que esfregar a roupa
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:eh foda
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:mas a gente consegue, não?
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:no fim das contas
Beck - Bastard - Estudar? Trabalhar? comofas? says:foi mto melhor ter ficado em poa, naum?

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sabia que o paradoxo começava ali: quando apagava a luz, fechava os olhos, acendia o coração, abria a alma. Não queria fugir, mas fingia o pulo da fuga, só pra sentir aquele braço que prendia, mas lhe fazia soltar o riso dos bem recebidos.

de 17.04.2007

Desculpa.Que o amor não é breve, mas minha sanidade é.Porque infelizmente, amor, foram tão poucas as horas que eu consegui me encostar em você e ficar passando a mão no seu rosto e esquecendo do mundo, que não consegui segurar o peso dos outros dias.Isso não é um adeus, é mais uma explicação.Porque pro teu bem, eu deveria te mandar embora.Mas pelo bem, meu bem, que me faz tão bem, eu não consigo.E eu sinto tanta raiva de mim porque isso cheira a egoísmo, e sinto tanta raiva de você, que me faz ser egoísta.E sinto raiva de mim, por sentir raiva de você.E te sustento em mim, como essa coisa que pulsa, que sacode, que dói, que engasga, que agonia, mas que me brinda com sorrisos, com inspirações para fotos, para textos, para doces exóticos, para sabores diferentes de sorvetes, para recuperar o gosto pelos motivos imbecis para ficar alegre.E isso fica aqui, concentrado, como uma bolinha cheia de energia, pronta pra explodir, incapaz de estourar sem um impulso que a arrebente e libere a graça de ser essa bolinha o que ela simplesmente é: um gostar de neologismos e de repensar limites.